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quarta-feira, 18 de março de 2015

A Fonte de Toda Prosperidade



  A fartura é o estado em que todas as nossas necessidades são prontamente atendidas e nossos desejos facilmente realizados. Nesse estado vivenciamos alegria, saúde, felicidade e vitalidade em todos os instantes de nossa existência.
  Quando estamos ligados à natureza da realidade e sabemos que essa mesma realidade é nossa própria natureza, percebemos que podemos criar qualquer coisa, porque toda criação material tem uma única origem.
  A natureza recorre ao mesmo manancial para criar um aglomerado de nebulosas, uma galáxia de estrelas, uma floresta tropical, um corpo humano ou um pensamento. Tudo o que é matéria, tudo o que podemos ver, tocar, ouvir, saborear, ou cheirar é feito da mesma coisa e vem da mesma fonte. O conhecimento desse fato nos confere a capacidade de realizar qualquer desejo, adquirir qualquer objeto material que possamos querer e vivenciar sem limites a realização e a alegria.
  Segundo os físicos que estudam o campo quântico, todas as coisas materias – sejam automóveis, corpos humanos ou notas de dinheiro – são feitas de átomos. Esses átomos, por sua vez, são feitos de partículas subatômicas, que, por sua vez, são flutuações de energia e informação num imenso espaço de energia e informação. Sintetizando, posso dizer que a conclusão fundamental dos estudiosos do campo quântico é que a matéria-prima do mundo não é material, as coisas essenciais do universo são não-coisas. Toda a nossa tecnologia baseia-se nesse fato, que faz cair por terra a atual superstição do materialismo.
  Aparelhos de fax, computadores, televisores - todas essas tecnologias são possíveis porque os cientistas não acreditam mais que o átomo, a unidade básica da matéria, seja uma entidade sólida. Um átomo não tem nada de sólido. Ele é uma hierarquia de estados de informação e energia em uma vastidão de possíveis estados de informação e energia.
  A diferença entre duas coisas – como a diferença de um átomo de chumbo e um átomo de ouro – não está no mundo material. As partículas subatômicas como prótons, elétrons e quarks que constituem um átomo de ouro ou de chumbo são exatamente as mesmas. Além disso, embora as chamemos de partículas, elas não são materiais, e sim impulsos de energia e informação. O que torna o ouro diferente do chumbo é a organização e a quantidade desses impulsos.
  Toda criação material é estruturada a partir de informação de energia.Todos os eventos quânticos são basicamente flutuações de energia e informação. E esses impulsos de energia e informação são as não-coisas que constituem tudo o que consideramos coisa ou matéria.
  Portanto, fica claro que não apenas o estofo essencial do universo é uma não–coisa, mas também que ela é uma não–coisa pensante! Afinal, o que é um pensamento senão um impulso de energia e informação? Achamos que os pensamentos só acontecem dentro de nossa cabeça, mas essa impressão deve –se ao fato de os percebermos como algo estruturado linguisticamente, que é falado em nossa própria língua.Todavia, esses mesmos impulsos de energia e informação que vivenciamos como pensamentos – esses mesmos impulsos – são a matéria–prima do universo.
  A única diferença que existe entre os pensamentos que estão em minha cabeça e os que estão fora dela é que eu percebo os primeiros em termos estruturados linguisticamente. Contudo, antes de um pensamento tornar-se verbal e ser expresso como uma linguagem, ele não passa de uma intenção e, mais uma vez, é apenas um impulso de energia e informação. Em outras palavras, num nível pré-verbal, toda a natureza fala a mesma língua. Somos todos corpos pensantes num universo pensante. E assim como o pensamento se projeta das moléculas do nosso corpo, os mesmos impulsos de energia e informação projetam-se como eventos espaço-tempo em nosso ambiente. 
  Por trás da roupagem visível do universo, alem da miragem das moléculas, da  ilusão do que é físico, jaz uma matriz una, invisível, feita de nada. Esse nada invisível silenciosamente orquestra, instrui, orienta, governa e obriga a natureza a expressar-se com infinita criatividade, infinita abundância e inabalável exatidão em uma miríade de estilos, padrões e formas.
  As experiências da vida são o movimento contínuo dessa matriz do nada, desse movimento contínuo tanto do corpo como do meio ambiente. São nossas experiências de alegria e tristeza, de êxito e fracasso, de fortuna e pobreza. Todos esses eventos são aparentemente coisas que nos acontecem, mas, em níveis mais primordiais, somos nós que as fazemos acontecer.
  Os impulsos de energia e informação que criam nossas experiências refletem-se em nossas atitudes diante da vida, e nossas atitudes são o resultado e a expressão dos impulsos de energia e informação que nós mesmos geramos.


Trecho do livro Criando Prosperidade (Deepak Chopra)

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